
A genealogia da familia Oliveira
FAQ
Origens da Freguesia de Turquel
Turquel foi uma das treze vilas dos Coutos de Turquel. Foi cabeça de Concelho, teve a primeira Carta de Povoação em 1314, dada por Frei Pedro Nunes e foral duzentos anos depois, concedido por D. Manuel I, o chamado Foral Novo (1514). A vila chamava-se então Villa Nova de Turquel.
No entanto, nos tempos pré-historicos foi povoada, pois têm-se encontrado na zona objectos do período neolítico, cobre e do bronze. Existem ainda grutas pré-históricas, das quais as mais importantes são a Casa da Moira, Cova da Ladra, Algar do Estreito, Algar de João Ramos e Buraco do Moniz. Ainda há a salientar sepulturas do período do bronze e antas como a da Batarba, no sítio de Pedras das Antas.
O antigo concelho de Turquel compreendia a freguesia do mesmo nome e a parte oriental da freguesia da Benedita. A Câmara tinha dois juízes ordinários e dois vereadores. Além destes funcionários, havia o procurador do Concelho, o almotacé, o alcaide da vara, o alcaide carcereiro, o escrivão da Câmara, tabeliães de notas e do judicial, etc.
Para manter a ordem pública havia a "Companhia da Ordenança da villa de Turquel e seu termo".
A vila de Turquel com o seu termo, pertencia antigamente à paroquial de Santa Maria de Aljubarrota, diocese de Lisboa.
Por ficar muito longe desta paróquia, o povo solicitou em 1528, provisão do comendatário do Mosteiro de Alcobaça - O Cardeal Infante D. Afonso - para ter na vila uma capela feita a suas próprias expensar, o que obteve deferimento. Assim, em 1528, se erigiu uma capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição, logo convertida em paróquia. Passados alguns anos, o Cardeal Infante D. Henrique desmembrou-a de Aljubarrota.
O Concelho de Turquel foi extinto pouco depois da abolição das ordens religiosas.
(fonte "Por terras dos antigos coutos de Alcobaça", autora Maria Zulmira Albuquerque Furtado Marques)
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Origens da Freguesia dos Montes
É um lugar novo, numa região antiga, que durante anos foi uma charneca isolada onde se encontraram muitos vestigios romanos.
Diz-se que numa encosta voltada para Santa Rita se encontrou um penedo com uma argola de ferro, à volta do qual se teceram muitas lendas.
Também se conta que aqui esteve hospedado o General Junot quando das invasões francesas.
(fonte "Por terras dos antigos coutos de Alcobaça", autora Maria Zulmira Albuquerque Furtado Marques
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Origens da Freguesia de Santa Catarina
Foi uma das treze vilas dos Coutos de Alcobaça, cujo donatário foi o D. Abade do Mosteiro de Santa Maria.
Sede do concelho, teve forca e pelourinho, pelourinho esse que ainda hoje se implanta no largo da Igreja e constitui um sinal que teve justiça própria.
Recebeu carta de foro em 1307, na qual são definidos de uma forma precisa os limites do Couto de Santa Catarina e suas fronteiras, além do tipo de relação a estabelecer entre os colonos e o Mosteiro.
O primeiro foral foi-lhe concedido pelo D. Abade de Alcobaça, Frei João Martins, em 1333. Estas terras estavam já na posse dos monges cistercienses há bastante tempo, mas como aqui a população era menos densa que no norte e centro dos Coutos, a atribuição do foral aconteceu em época posterior.
Ao longo dos séculos XIV e XV, Santa Catarina progrediu de tal maneira no capítulo comercial e agrícola, que uma das estradas de ligação dos Coutos a Santarém passava por lá. Já designada por vila, o seu mérito foi reconhecido por D. Manuel I, que em 1518 lhe conferiu um segundo foral, o Foral Novo, reflectindo o desenvolvimento experimentado pelo concelho.
O Cadastro de 1527 dá trinta e um moradores na vila e sessenta e nove no termo. O Padre Carvalho da Costa diz que era a única vila dos Coutos que não estava subordinada ao mosteiro no aspecto espiritual.
Até 1834, teve duas Companhias de Ordenança, com os seus competentes capitães e mais oficiais.
A jurisdição das autoridades minicipais abrangia antes de 1836 a freguesia vizinha de Carvalhal Benfeito. Com a extinção do concelho de Santa Catarina, a povoação de Carvalhal Benfeito ligou-se a Caldas, tal como sucedeu a Salir de Matos, antiga vila dos Coutos de Alcobaça.
Esta anexação levou a que se gerasse também em Santa Catarina um movimento semelhante para o desmembramento de Alcobaça, mas tal processo não foi pacífico e por isso, surgiram muitos problemas na vila entre 1836 e 1898, até que finalmente ficou a pertencer ao concelho de Caldas da Rainha.
In "Por Terras dos Antigos Coutos de Alcobaça" de Maria Zulmira Albuquerque Furtado Marques
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